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Comportamento
Você já ouviu falar do experimento da cicatriz?
E o que isso tem a ver com a cultura vitimista?
A mente humana é algo fascinante e, ao mesmo tempo, tenebroso, algumas ideias podem tão facilmente serem implantadas e aprofundadas no interior de alguém, podendo até transformar completamente a percepção de realidade.
Temos visto e ouvido isso todos os dias em nossa atual cultura.
Esse diagnóstico não é fruto de meras palavras, mas uma conclusão de um simples experimento, um experimento inovador liderado pelo Dr. Robert Kleck, do Dartmouth College.
O experimento da cicatriz no rosto
A equipe de psicólogos liderada pelo do Dr. Robert Kleck, conduziu o experimento "Dartmouth Scar Experiment" na universidade e Dartmouth. O objetivo era investigar o impacto da mentalidade de vítima na autopercepção, no comportamento e no bem-estar geral de um indivíduo.
O experimento era criar uma ilusão em que os participantes passassem a se considerar vítimas e ver como isso influenciaria sua mentalidade.
Para o experimento foram convidados jovens informando-os que participariam de uma entrevista exibindo uma cicatriz no rosto, aplicada por um maquiador. Eles deveriam avaliar como foram tratados, examinar como outras pessoas reagiriam a um estranho com uma deformidade física, como uma cicatriz facial.
Cada um foi colocado em uma sala sem espelhos e o profissional de maquiagem fez seu trabalho. Um espelho foi trazido e mostrou a face marcada ao participante, retirando o espelho depois.
Antes de sair da sala para entrevista, o maquiador fazia um "último retoque". Sem o conhecimento dos participante, o maquiador, na verdade, retirava a cicatriz, deixando os rosto limpo como antes.
Isto criou um cenário em que os participantes acreditavam ter uma cicatriz visível, eles realmente acreditavam ter uma marca no rosto.
Eles eram orientados a irem até a sala de entrevista e deveriam observar como as pessoas iriam interagir e reagir ao serem visto pelo caminho e na entrevista.
Os resultados
Os resultados do experimento Dartmouth Scar foram impressionantes. Por acreditarem, ter uma cicatriz facial relataram ter experimentado níveis aumentados de discriminação, a percepção deles foi uma mudança nas interações sociais devido sua aparência física
Eles relataram que estranhos eram mais rudes e menos gentis com eles, e perceberam que as pessoas olhavam para sua “cicatriz”.
Toda aquela percepção era imaginaria, pois na realidade não havia cicatriz nenhuma. O que aconteceu de fato foi uma mudança significativa em sua mentalidade e comportamento.
Eles demonstraram sentimentos intensificados de impotência, autopiedade e uma tendência crescente de culpar os outros por preconceitos. A mente sob a ideia de vítima sofreu impacto na capacidade de percepção da realidade.
A mentalidade vitimista
A mentalidade vitimista é a forma de pensar de alguém que se percebe vítima perpétua, atribuindo seus fracassos, deficiências e experiências negativas a fatores externos fora de seu controle.
Essa configuração foge completamente da real situação de reconhecimento de vítimas genuínas de eventos traumáticos, tornando-se um padrão habitual de pensamento caracterizado pelo sentimento de desamparo e pela falta de responsabilidade pessoal.
Isso é terrível por acabar minando sua motivação para superar desafios e buscar objetivos pessoais, produz um sentimento de autocomplacência e impede o crescimento pessoal
Sem assumir sua responsabilidade por você mesmo, suas escolhas e decisões, você cai na armadilha dos manipuladores, impede superações, paralisa transformações e estagna seu crescimento.
Esse experimento fornece insights profundos sobre o poder e as consequências da adoção de uma mentalidade de vítima, revelando como os indivíduos e a sociedade em geral podem ser influenciados negativamente com essa cultura.
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