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BOTOX CAPILAR, TRATA OU DESGASTA ?

Cuidados com o fio

 

Cuidar do cabelo sempre é uma preocupação boa.


E a busca de novos tratamentos para eles ficarem melhor deve ser acompanhada de muita informação para não haver engano, uma vez que a indústria da beleza sabe vender muito bem gato por lebre.


PRIMEIRA COISA A SABER


Botox e escovas progressivas são o mesmo tipo procedimento químico, ou seja, utilizam-se de produtos ácidos. A diferença está na concentração de ativos e PH do produto, quanto mais ácido mais poder de alisamento terá.


Atenção

Tem muita gente por aí vendendo Botox Capilar como tratamento, mas não é, ele altera, sim, a estrutura do seu fio. Provocando assim um desgaste.


ENTENDENDO

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A ação do alisante


Existem dois tipos de alisantes no mercado: os básicos ou alcalinos, que geralmente contém hidróxido de sódio, tioglicolato e guanidina; e os ácidos, compostos por ácidos hidroxílicos.


Os básicos são conhecidas como relaxantes, enquanto os ácidos recebem o nome de escova ou “Botox capilar”. O ativo permitido pela ANVISA é comercializado por várias marcas.



A escova progressiva ácida reorganiza o interior da fibra capilar, abre as cutículas e reduz a força e elasticidade do cabelo, podendo causar cortes químicos — que acontece quando o cabelo perde sua elasticidade e quebra facilmente, como se estivesse desmanchando, os famosos efeitos borracha ou elástico.


Esses efeitos são disfarçados por um filme que cobre a superfície do fio, como um plástico. Esse filme surge quando o cabelo é aquecido com uma prancha, a popular chapinha, e é responsável pelo brilho tradicional da escova progressiva, deixando-o com cara de cabelo de boneca.


A temperatura alta libera a ação química que permite o sucesso do tratamento. Por isso, a chapinha faz parte do processo. O cabelo perde resistência,


E MAIS

O plástico que envolve os fios não permitem que outros produtos alcancem o interior do cabelo. Por isso, descolorações, hidratações e outros métodos de salão não tem efeito satisfatório no cabelo alisado pela escova ácida.


Procedimentos como escova progressiva são mais ácidos que o limão que tem PH 2 (quanto menor o PH mais ácido é).


Um estudo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP revela que produtos mais ácidos tem maior durabilidade, porém, seus efeitos para a fibra capilar são também mais graves. Isso porque, para chegar à aparência desejada, a estrutura interna do fio é danificada. Isso mesmo, danifica o cabelo.


Em outro teste de resistência do fio percebeu -se ainda que amostras de cabelo se tornaram mais fracas e suscetíveis à quebra, pois perderam sua elasticidade natural com a aplicação de escovas ácidas.


“O produto forma compostos não ideais no cabelo e modifica a alfa-queratina, aminoácido essencial da fibra capilar.” Dizem os especialistas


Em outras avaliações, constatou-se que até o córtex – a estrutura mais interna da fibra capilar – sofreu modificação. Como o fio é encapado, esses danos se tornam quase irreversíveis porque os tratamentos não atingem seu interior.


Mesmo assim, tem muita gente por aí que insiste indicar a escova para tratar os fios,


E o formol?


Foi o primeiro produto utilizado em escovas e era responsável pela plastificação do cabelo. Caiu no desuso porque é comprovado que a alta exposição ao formol é cancerígena.


A Anvisa limita a quantidade nos produtos para cabelo — hoje, é permitido para a função de conservante e com limite máximo de concentração a 0,2%.


Alguns produtos, porém, ainda liberam formol em altas temperaturas. Quando aquecido, o formol é liberado no vapor com um cheiro forte característico. O problema é que sua inalação é tóxica. A quantidade liberada por escova é pequena, mas profissionais de salões que convivem com a exposição apresentam fator de risco.


O problema é que sabemos que os produtos são regularizados, teoricamente não há produtos com alta concentração de formol, mas a realidade é bem diferente.


Existem alguns profissionais que adicionam o formol no produto em seus salões, devido ao seu ''melhor resultado”. As consequências à saúde já são bem conhecidas.


''E AI, QUERO FAZER E PRONTO''


Fazer ou não fazer não é a questão. Tem muita gente que faz e gosta. A questão é fazer consciente de que o cabelo foi modificado e tomar principalmente cuidado com a escolha dos profissionais, pois existem muitos não confiáveis.




Fonte de pesquisa: Jornal da USP


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